sábado, 3 de dezembro de 2016

Irresponsabilidade

     Nestes últimos dias, temos acompanhado as notícias sobre o acidente de avião que, na última terça-feira, matou quase todo o time de futebol da Chapecoense, que viajava a Medellín para disputar a final da Copa Sul-Americana. Imagino, nas redações dos noticiários escritos e falados, os jornalistas esfregando as mãos, exultantes diante dessas catástrofes, que são perfeitas para que exerçam o seu sensacionalismo rasteiro e a exploração ad nauseam do luto coletivo como se fosse uma telenovela. É o pressuposto da parvoíce de seu público.
     As  primeiras  investigações  dão  conta  de  que  a  causa do desastre foi simplesmente falta de combustível, revelando-se ainda que esse mesmo avião transportou, há algumas semanas, as seleções de futebol da Bolívia e da Argentina com o combustível no limite mínimo. Ou seja, a empresa em questão poderia ter matado o grande Messi. Não que as mortes de 71 pessoas no voo do clube de Santa Catarina valham menos que as de astros do futebol mundial, mas o fato de mesmo tais jogadores terem tido suas vidas postas em grande risco dá uma dimensão da irresponsabilidade na regulação dos serviços pelo Estado, bem como da insegurança em que vivemos.

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